A diversidade cultural no Brasil é representada principalmente pelo povo
europeu, indígena e africano, que foram os primeiros a habitarem esse
país.
A partir daí, outros povos, como os italianos, árabes, japoneses
também deixaram sua marca registrada em forma de cultura, com suas
diferentes características, linguagens e modo de vida. Segundo Soares
(2003 pág. 161):
As diferenças fazem parte de um processo social e cultural e que
não são para explicar que homens e mulheres negros e brancos, distingue
entre si, é antes entender que ao longo do processo histórico, as
diferenças foram produzidas e usadas socialmente como critérios de
classificação, seleção, inclusão e exclusão.
Como cita Soares, essas diferenças foram motivos de preocupação,
principalmente no campo social e educacional, pela falta de respeito
entre os pares. Muitos povos sofreram discriminações por conservarem
suas crenças, hábitos, costumes e linguagem.
Hoje já temos políticas cuidando da criação de leis de proteção,
principalmente dos indígenas e afros descendentes, maiores responsáveis
pelo nosso legado cultural.
Para que se crie o hábito do respeito dentro das salas de aula e
consequentemente no mundo lá fora, os Pcns de Arte (1998, p.48) indicam
que o aluno deve:
Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico
contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e
podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais
do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a
existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de
diferentes grupos culturais;
A produção de arte dentro dos temas da diversidade cultural, não
deve se ater apenas a simples representações como desenhos para colorir
ou pintar o rosto como os índios, mas ser um instrumento de
conhecimento, de reflexão sobre os diferentes processos artísticos
realizados pelas diferentes etnias, pesquisar o contexto neles
inseridos, pois:
O conhecimento é uma construção social profundamente enraizada
em um nexo de relações de poder. (...) Não existe mundo ideal, autônomo,
puro ou aborígene a que nossas construções sociais necessariamente
correspondam; há sempre um campo referencial no qual símbolos são
situados. E este campo referencial particular (ex. linguagem, cultura,
lugar, tempo) influencia a maneira pela qual os símbolos produzem
significados. Não existe compreensão subjetiva pura.